Um EP produzido por Edgar Scandurra, Tatá Aeroplano e Renato Cortez é o novo trabalho da atriz Mayana Moura. Pra quem não sabe, ela era vocalista da banda Glass and Glue e, durante muitos anos, viveu de música em NY. Ou seja, tocando aqui e ali, aprendendo muito e descobrindo o próprio caminho.
Mas foi só agora, tantos anos e uma novela depois, que ela decidiu lançar um trabalho solo. São 5 canções, incluindo a versão em inglês da música “Cama”, composta por Tatá, e um cover inesperado de Marilyn Manson. Todas elas, bom e velho rock’n’roll, baby.
O trabalho foi financiado pela Ellus, tem produção executiva de Alê Yousseff, dono do Studio SP e RJ. Dá pra ouvir todas as músicas no site oficial, mas o download legal e gratuito vai ser disponibilizado na semana que vem.
Se você tiver um coração fuerte pode assistir a moça hoje à noche no show de lançamento no Studio SP, ali no baixo Augusta à partir das 22 horas.
E se quiser saber quem ela de fato é, começa por aqui.
Muitas notícias sobre você sempre incluem algo sobre uma postura rock’n’roll. Mas o que é ter uma postura rock’n’roll?
Mayana Moura: Acho que se virar com o que tem e usar isso a seu favor é uma postura rock‘n’roll. Fazer você mesmo. Ir a luta. Acreditar no que se tem de mais profundo na sua natureza e seguir em frente. Algo a ver com fogo e fumaça.
O que este EP representa na sua carreira?
Mayana Moura: Na minha carreira? “Ah, olha! A menina da novela canta!” Já na minha vida é um sonho poder ter algo de concreto pra mostrar. Tive muitas bandas nos últimos anos, dediquei boa parte da minha vida a música. Embora poucos saibam.
Neste trabalho, a produção é assinada por Tatá Aeroplano, Renato Cortez e Edgar Scandurra. Como você escolheu cada um deles?
M: Sou grande amiga e fã do Tatá e sempre conversamos sobre o dia que finalmente fizesse o meu CD, faríamos juntos. O Renato porque toca com o Tatá e é ótimo músico, teve muitas ideias boas ao longo do processo e entende da parte técnica do estúdio. O Edgar porque ele é o Edgar! Queria um rife foda e ele era perfeito!
Você acha que esta parceria com a Ellus pode virar moda? Ou seja, pode se transformar em exemplo para quem procura financiamento de projetos musicais no Brasil?
M: Acho que o novo modelo de mercado da música depende de parcerias como essa, onde artistas independentes conseguem captar apoios de marcar para viabilizar seus trabalhos.
Em cima do palco é você mesma ou você representa uma personagem?
M: Sou uma pessoa com muitas facetas. Mas de um certo modo sou sempre eu.
O que tem no seu iPod?
M: Françoise Hardy, Lou reed, Primal Scream, Marilyn Manson, Annie Lenox, David Bowie, Kasabian, Ramones, Elvis, Johnny Cash, Fiona Apple, April March…
Quem é Mayana Moura?
M: Algo como a luz dentro da pintura. Sempre atrás da cortina de fumaça.
Fonte:
Vírgula - UOL